segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Consumidor alérgico: não interessa

Visitando um quiosque da Clinique pude testemunhar um ato irresponsável de uma vendedora:
Um produto esfoliante contendo ácido estava sendo testado no público, chamava-se clarifying lotion clarificante. Perguntei qual o nome do ácido? A vendedora respondeu: ácido salicílico. Uma consumidora quando ouviu o nome A.S. informou que era alérgica à essa substância. A vendendora prontamente esclareceu que sua alergia era ao A.S. da aspirina, o qual é ingerido e vai direto p/ a corrente sangüínea; eis aí o seu problema de alergia. "Porém o meu produto permanecerá somente na superfície da pele". A consumidora alérgica poderia comprar e usá-lo sem problemas.

A vendedora então ficou mais interesada em mim que não mencionei nada a respeito de alergia. Perguntou qual era minha maior preocupação? respondi: minhas rugas. Ela foi logo dizendo que o produto clarifying lotion clarificante tem a capacidade de penetrar nas camadas mais profundas da pele e resolveria de vez meu problema. Fiquei perplexa!

Como pode 1 minuto antes ela dizer para outra pessoa que o produto conserva-se na superfície da pele? E no meu caso o discurso havia mudado.

Pude observar que a consumidora estava muito desconfiada com a atitude da vendedora.
Sem dúvida já sentiu na pele os efeitos da alergia ao ácido salicílico.

O consumidor não é estúpido. Ignorar reações à determinadas substâncias, ajuda a piorar a pele. Antes de aplicar a estratégia da empurroterapia a vendedora da Clinique deveria estar ciente disso.

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